Eleições municipais de São Paulo, sob a ótica libertária

As eleições municipais de São Paulo sempre atraem atenção nacional. Em meio a debates fervorosos, acusações de corrupção, promessas que nunca se cumprem e, em 2024, agressões e ameaças entre candidatos, o espetáculo parece mais com um circo do que com um processo democrático sério. No entanto, ao observar esse cenário sob a ótica libertária, algumas questões fundamentais emergem: o voto popular e a democracia realmente respeitam a liberdade individual?

Contradição democrática

O filósofo libertário Lysander Spooner descreveu essa contradição de forma brilhante, afirmando que “um governo é, na prática, tão livre quanto o mais tirânico de seus componentes”. Não há escapatória: o Estado, eleito ou não, sempre será uma força coercitiva que interfere na liberdade individual.

A eleição municipal de São Paulo tem sido um exemplo perfeito das falhas do sistema democrático. Candidatos se agridem verbal e fisicamente, usando debates como plataformas para acusações pessoais em vez de discussões produtivas sobre os problemas da cidade. O eleitor se vê perdido em meio a promessas vazias e jogadas de marketing, tudo enquanto tenta entender qual dos concorrentes menos o prejudicará.

No entanto, pouco importa quem vencerá essa eleição, pois o simples ato de governar sobre terceiros sem seu consentimento é um ato imoral. Para os libertários, a verdadeira solução está fora da política e dentro de um sistema de voluntarismo.

O voto popular: escolha ou coerção?

O voto, na prática, não oferece uma escolha verdadeira, pois não há a opção de “não ser governado”. O eleitor é forçado a escolher entre alternativas que, invariavelmente, vão impor regras e políticas que afetam sua vida, sua propriedade e sua liberdade. Como exemplo, imagine que você tenha três opções de gestores para sua vida financeira, mas que, independentemente da sua escolha, todos eles terão acesso irrestrito ao seu dinheiro, aplicando taxas ou despesas como quiserem. Esta é a realidade do sistema eleitoral.

O Jogo que não se pode vencer!

Um exemplo claro do processo eleitoral democrático pode ser ilustrado com uma analogia simples: imagine que você foi convidado a participar de um jogo, mas o jogo é manipulado para que você perca, independentemente de suas escolhas. O jogo das eleições é como apostar todas as suas fichas em um jogo onde as regras podem mudar a qualquer momento e o prêmio é uma gestão estatal que nunca atende verdadeiramente aos interesses individuais.

O sistema eleitoral é como ser forçado a jogar um jogo cujas regras são determinadas pelos vencedores, mas onde os perdedores, mesmo sem querer jogar, são obrigados a seguir as regras. Essa não é uma escolha verdadeira – é coerção disfarçada de escolha.

Sob a ótica libertária, a verdadeira liberdade só será alcançada quando os indivíduos puderem viver sem serem governados, interagindo de forma voluntária e pacífica. O voto popular, na prática, não é um exercício de liberdade, mas uma ferramenta de controle. E até que essa realidade mude, o circo eleitoral continuará.

    By Gabriel Allën

    Olá! Sou Gabriel Allёn, um programador e profundamente paixão pelo libertarianismo. Neste blog, compartilho notícias, insights e análises que buscam iluminar o verdadeiro significado de liberdade em um mundo em constante mudança.Além de explorar questões sobre liberdade e direitos individuais, também sou um amante de videogames.Junte-se a mim nessa jornada de descoberta e reflexão!

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